segunda-feira, 28 de março de 2011

4 de Janeiro




E ele estava acompanhado com aquele sorriso tão característico da sua pessoa a caminho de casa, com o seu Português Suave na mão esquerda e com uma rosa vermelha na mão direita, um pouco escondida atrás das costas. Ainda é um caminho longo até casa, mas não tão longo que canse as pernas. Ao andar observa o céu, com apenas meia dúzia de nuvens sem risco de chuva, e com o sol a brilhar mesmo no meio do céu. "Aposto que ela já chegou" penso ele olhando para o relógio, marcando 12:56. Olhou em frente e acelerou o passo, passando por duas passadeiras com os semáforos dos peões vermelho.Ao fim de poucos minutos, chegou à porta do prédio, e ao perceber que o seu plano não estava a correr bem, atrapalhou-se todo a procurar as chaves nos bolsos do casaco de ganga com um ar gasto. Finalmente encontrou-as e entrou pressionado logo no botão para chamar o elevador. Ficou impaciente à espera do elevador, o que não acontece regularmente. Finalmente entrou e pressionou no 4, desejando que o elevador fosse 2 vezes mais rápido. Subiu, e olhou-se ao espelho, arranjando o cabelo com as pontas dos dedos enquanto tinha a rosa no meio das pernas. Finalmente o elevador deu o sinal de chegada e a porta abriu-se e ele saiu de lá disparado deslocando-se até porta. Espreitou pela fechadura para ver se conseguia ver alguma luz, mas não conseguiu. Colocou a chave e abriu à primeira. Entrou, colocou a rosa atrás das costas e foi à cozinha, pois o cheiro suspeito a lasanha inundava a casa de uma maneira deliciosa.Ela estava com um avental roxo vestido por debaixo de um vestido preto de cetim, curto e fresco, inclinada olhando para o forno, não ouvido sequer ele a chegar, pois estava ainda a ouvir musica no rádio que estava na cozinha, não muito baixo claro. Ele agarrou-a por trás, mostrando-lhe logo a rosa e disse "Parabéns minha Principessa!" Sorrindo ao mesmo tempo. Ela, claro, não se tinha apercebido que ele tinha chegado e assustou-se e logo se virou dando-lhe um pequeno murro no ombro "Assustaste-me parvo! Obrigada amor, parabéns também" Disse e depois beijou-o com muita emoção. Depois olhou para ele e disse "Também tenho a tua prenda. É mais nossa, mas pronto" Pegou antes na rosa e colocou-a dentro de uma jarra muito bem elaborada, e depois dirigiu-se até à sala. "Senta-te no sofá" disse ela, indo à varanda e pegando numa rectângulo gigante embrulhado. Dá-lhe para  a mão e rasga o papel de embrulho encontrando uma moldura com a primeira fotografia deles (aquela fofinha, a NOSSA primeira foto). Ele sorriu e disse "Ohhh, que fofinhaa" Levantou-se e beijou-a de novo. "E ainda tenho outra. Sabes, não temos o computador no meu pai amor, nem sequer está estragado, só quis que não te conectasses à internet, e nem sei como é que isto ainda não foi divulgado nas notícias". Ele fez-lhe um olhar estranho e ela com o indicador disse para ele estar calado. Depois trouxe um caixa de cartão e deu-lhe. Ele abriu e só viu bocados de ornais amarrotados, e disse "O que é isto?", "Procura" disse ela com um sorriso de orelha a orelha. E naquele preciso momento, os olhos dele brilharam quando encontrou dois bilhetes pra o concertos dos AC/DC no Pavilhão Atlântico. Aí, ele pulou de alegria para cima dela e começaram-se a beiar prolongadamente. E posso dizer que... tiveram que ir almoçar fora....

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