terça-feira, 15 de outubro de 2013

Kiss me hard before you go

Porque tem de ser assim. Porra, merda e foda-se! Sim foda-se a esta merda toda! Porquê, questiono-me perdendo assim o tempo. Vendo-o a correr que nem um puto atrás da bola. E não para, e eu estou farta. Farta de ficar estagnada no mesmo sítio, com medo de que algo aconteça. Estou farta de viver o amanhã, eu quero o hoje, o agora. Quero emoção e quero loucura. Não o mesmo todos os dias. Quero mudar, quero esperar e chorar. Quero chorar por tudo isto e por tudo o resto que vem e já foi. Não vou voltar a perguntar. Porque a resposta não está no consciente de ninguém, está tão entranhada nas profundezas, que é possível que não veja a superfície. Mas eu quero. Quero que ela acorde, e venha cá fora. Quero que vejas que não pode ser assim. Não quero uma prisão, não quero viver assim. Aliás, não consigo. é sufocante. Quero estar comigo, melhor coisa da vida. Não me quero preocupar com nada, quero desligar de tudo o resto. Quero-me a mim por inteiro. Preciso de ouvir os meus pensamentos, sem ter um narrador por trás. Doí tanto aqui dentro. Doí porque gosta, porque luta sem forças. Sem forças para lutar. Que bate contra a parede, vezes e vezes sem conta. Que não pensa, não ouve e nem vê. Corrói a força do meu ser, a minha mente e o meu raciocínio. É assim. Não porque quero, não é. É porque sempre foi, e vai deixar de ser. Vou ceder, porque sei que consigo melhor. Não outra pessoa, mas sei que mereço melhor para mim. Mereço-me a mim, e preciso-me. 
Perdi-me. Perdi-me neste turbilhão de palavras que querem sair, e que ficam paradas, estagnadas no meio das outras. Não vêm, nem as quero aqui. Já vieram demasiadas. Deixei de as perceber, eu própria deixei-me estar assim, com elas arranjadinhas numa prateleira. Nem sentido faço, mas isto sou eu. Sou eu, não desistindo, mas persistindo em algo melhor, que sei que pode existir. E eu não quero estar errada. Mas não consigo continuar assim. É doloroso, é impossível. Percebes? Não? Pois, eu sei. Porque é uma coisa que não consigo explicar, porque não sentes. Não sentes a necessidade que eu sinto de fazer aquilo que quero, nos limites. Estou farta de pensar que tudo o que posso estar a fazer, vai transgredir uma regra. Estou farta de regras, já disse que estou farta de o depois. Sei pensar o que faço, mas tu não me deixas fazer simplesmente nada. Não é assim, e não o será. Não quero ser prisioneira de um amor. Não. Não sou prisioneira nem dependente de tal coisa. O amor, esse cabrão que teima em chegar, e nunca fica quieto. Esse corno que retira tudo de mim, e dá. Quero receber. Quero parar.
Não sei, quero muito, mas não quero. Não aguento. Estou farta de repetir o que sinto. Estou farta de dizer a mesma coisa, foda-se! 

Não sou assim. Aqui vou eu em busca de mim. Espero encontrar-te no caminho... Ou então não.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

E então, assim emergiu. Emergiu de uma pureza, com delicadeza em cada passo. susteve a respiração e então desabrochou um suspiro do tamanho de um buraco negro. Fechou os olhos pela centésima vez nesses breves segundos, e caminhou de novo. Nada viu, tudo sentiu. Sentiu fresco nos seus despidos pés. Sentiu arrepios na sua nuca, com um trémulo movimento. Cambaleou, e decidiu ficar por ali. Tudo era tão forte naquele momento. Voltou atrás como sempre fez, como sempre faz, com medo do mistério que a aguarda com um forte e terno abraço. Caminhou em direcção ao lago, este com a luz reflectida pela lua cheia, com o céu limpo de estrelas. Parou, olhou e sentou-se à beira do lago. Contemplou a margem da água e tudo à sua volta, calma quanto pode ser uma floresta a dormir. Reclino-se para trás, colocou os pés na água e deitou-se por cima daquele musgo cheio de orvalho. Não pensou nem recordou. Viu, sentiu aquilo que nunca aconteceu. E então, sorriu

terça-feira, 2 de abril de 2013

e tudo assim foi. podes dizer que não. podes negar dizendo que é para um bem maior, mas não existe nada maior do que o amor. e esse... não pode ser negado.
amo-te, como nunca e amarte-ei ainda mais. não o dúvido. sei~lo. quando tens uma certeza de alguma coisa. e claro, eu nunca posso estar contente ou... não sei. não quero. não quero.
vai ser assim porque não há outra escolha. não há outra hipótese. não há solução neste refugiu. já não é seguro, para nenhum de nós. mas eu quero viver o perigo. eu quero viver o teu amor. aquele que agora foi-me impedido de receber.
e aqui, finalmente me despeço. depois destes anos, já sabes e sempre saberás

amo-te