sexta-feira, 30 de abril de 2010

System Of A Down - Snowblind

Mas porque?


Já estou a morrer de saudades tuas. Queria que estivesse aqui, e porque não o estás?
Só queria poder não sentir este sentimento manhoso e pegajoso. Só te queria ter aqui e poder rasurar a palavra saudade do meu coração e da minha mente. Só te queria aqui todo o tempo sem me conseguir fartar de ti.
Só te queria. Então, anda. Não fiques há espera. Simplesmente vem ter comigo sem pensar em nada. Sem pensar nas consequências ou em algo exterior a nós. Vamos, e para onde? Não importa, desde que esteja contigo. contigo.

Muy Bueno

"Não digam mais que a língua Portuguesa é complicada...
Don't say it again that Portuguese language is complicated...

(ler em voz alta)(read it loud):

Três bruxas olham para três relógios Swatch. Qual bruxa olha para qual relógio Swatch?

Agora em inglês
Now in English:

Three witches watch three Swatch watches. Which witch watch whichSwatch watch?

Foi fácil?... Então agora para os especialistas.
Easy?... And now onlyfor experts.

Três bruxas suecas e transexuais olham para os botões de três relógios Swatch suíços. Qual bruxa sueca transexual olha para qual botão de qual relógio Swatch suíço?

Agora em inglês
Now in English:

Three Swedish switched witches watch three Swiss Swatch watchswitches. Which Swedish switched witch watch which Swiss Swatchwatch witch?"

Encontrei esta pequena peça aqui pela internet e achei imensa piada. E até que é mesmo dificil. Será que conseguem?

Je t'aime mon amour


Estou felizzzz! Criei um novo blog! E fi-lo decentemente. Sou mesmo o máximo não é? Agora só espero que o visites e especialmente que gostes.
Sabias que te amo? Sim, só para o caso de não saberes, eu amo-te.
P.S: Amo-te MESMO

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Prometo


Prometo.
Mas e se eu te garantisse que assim será? Que nunca largarei a tua mão, que nunca me fartarei de ti, que nunca te vou deixar a desejar pela minha presença, que nunca te vou deixar vazio, que nunca me vou fartar de caminhar ao teu lado, que nunca vou deixar de unir os meus lábios aos teus. Garanto-te isso. E garanto-te que não te vou mentir nem omitir nada, mas quando pensares que o fiz, não o fiz na realidade, porque por vezes existem coisas que não valem a pena serem contadas. Não porque não quero que saibas, mas sim porque não vale de nada saber-se. Não são importantes, não são relevantes. Prometo, ou garanto-te ainda que sou só tua, e que assim será enquanto me desejares. Assim será enquanto quiseres caminhar a meu lado, enquanto quiseres ouvir o que te tenho para dizer, enquanto me quiseres contemplar como sempre o fazes. Sou e serei sempre tua, apenas tua. A minha alma pertence-te, assim como a minha vida. E isso posso-te garantir.
Por favor,dá-me a tua mão e nunca a largues. Nunca desistas mesmo quando o quiseres nesse momento, porque sabes bem que tudo tem resolução. Nunca deixes a minha mão, nunca me deixes vazia a um canto da escuridão. Nunca me afastes a tua cara ou nunca me impeças de beijar os teus lábios e de ficar apertada no teu abraço. Nunca me impeças de observar o teu olhar e de me hipnotizar com este mesmo. Nunca digas que não sinto o que sinto, porque isso não é verdade, e se algum dia o achares, vais estar a remar contra uma tempestade.
Garanto-te que aqui estarei até me quereres. E quando não me quiseres... Eu estarei aqui na mesma.
SOY TUA!

You are my life, do you know it?

Só para dizer que te amo. E aqui vai: Amo-te.
Vamos percorrer este caminho. Vamos fechar os olhos e ler os nossos pensamentos. Vamos ver as folhas a cair, vamos ver a neve a chegar, vamos ver os campos a florir e vamos ver o calor a apertar.
Vamos amar-nos sem ver o fim desta estrada cheia de surpresas e obstáculos. E já sabes, quando vir-mos um, derrubamo-lo ou simplesmente ajudas-me a contorna-lo. Sempre sem desistir desta caminhada.
Amo-te

quarta-feira, 28 de abril de 2010

O meu verdadeiro amor


Só te quero a ti, de um querer de só te querer. De um querer transformado numa necessidade de te ter. Só a ti, só tu, só contigo. Nada mais. Basta isto. Antigamente o amor não era tudo, agora acho que é o necessário para nos deixar com um sorriso de felicidade a emergir na nossa face e na nossa alma.
Não vamos abdicar de tudo agora. Não depois de ter-mos esfolado as mãos todas e os joelhos, de ter-mos suado e suado, de ter-mos ficado cheios de calos, não depois da dificuldade que tivemos para chegar-mos ao cume. Juntos. Finalmente juntos. Foram muitas palavras, muitos gestos, muitos olhares, muitos beijos e muitos sentimentos para atirar para o ar e deixar que o vento os levasse. Não, vamos guardar tudo numa caixinha cor de rosa ou roxa, como bem entenderes. Vamos guardar e vamos voltar a repetir. Não, eu não quero mais nada nem ninguém. Não quero o sorriso de mais ninguém nem os beijos de mais ninguem. És a pessoa que me faz feliz, a pessoa que eu quero a meu lado por muito tempo, a pessoa com quem eu sonho, a pessoa com quem anseio por estar. És a pessoa feita para mim. E por favor, não modifiques o fim. Agora estava tudo tão maravilho. E é assim que deve ser.
"O príncipe e a princesa viveram felizes para sempre."

Nicky Crustácea e Pét Sem Fim


(Isto é um P.S. porque não queria começar assim o texto, mas desta maneira não me esqueço. E as fotografias? Filmamos, filmamos, e até filmamos quando a tua mãe interrompia, e fotos? Bistlas, nem vê-las!)
Obrigada pela tarde. Já não me sentia assim há bastante tempo. Encaixada em algo; num sitio acolhedor. Com uma amiga. É isso. Já não me sentia assim com uma amiga há bastante tempo. Nem consigo contar os meses com os dedos das mãos e dos pés. Só mesmo para teres noção, há muito tempo. E aí vem aquela cena da primeira impressão quando se vê pela primeira vez uma pessoa: quando te vi, reconheci que me via em ti, que eras mesmo "indicada" para mim. Não sei como explicar isto porque é esquisito, mas por sorte, tu entendes muito bem o que quero dizer. Só por sorte mesmo.
Gostei e até que me dava um jeitinho repetir, mas como já sabes, para a próxima é na minha casa. Sim porque eu tenho que te mostrar aquele quadro com uma zebra. E vou-te mostrar o estúdio bué fiche que não tenho. Ah! Não vais ter que te chatear porque eu tenho nenhuma gata. Só tenho um caniche que por sua vez se chama Gonçalo. Mas só ladra. De quando em vez...
Obrigada mesmo por meteres dado uma tarde in peace, e por poderes ter ouvido tudo o que tinha a dizer. E agradeço de novo por ter podido ouvir tudo o que tu tinhas para dizer.
E não, nada mais interessa. Que se metam na vida deles, porque as nossas já cá andam, sem pés nem cabeça. Já bastamos nós para as complicar-mos, não precisamos de ninguém para fazer o nosso trabalho. E um trabalho que nós fazemos tão bem...
E agora? Agora quero ficar à espera da nossa segunda vez. E não, não precisas de agradecer por teres invadido a casa. Estás à vontade. 
"Mi casa es tu casa".


P.S.2: Adoro o teu quarto e acho mesmo aquele quadro do teu pai mesmo Hardcore.
P.S.3: O álbum Antes e Depois do DR. Salazar é brutal. Gosto especialmente do solo da faixa 4, a Revolta dos Povos.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

A minha Media Naranja


"primeiro tenho de perguntar uma coisa" olhas.te.me muito seria e disseste "pergunta" agitei a tua mão e disse "o que queres afinal? namorar comigo ou..." pegando na tua mao esquerda continuei "...ser minha para sempre" 
 Por: LUÍS GASPAR
 

Desculpa mas tinha que colocar esta beleza aqui. E por favor, não digas que é plágio nem nada do género. É que isto ainda não me saiu da cabeça. Penso nisto 24 horas por dia, ou seja, penso em ti a toda a hora. E sim, quero ser tua para todo o sempre, todo o sempre, todo o NOSSO sempre.
Amo-te mesmo Luís Miguel BráZ Gaspar <3

Full Moon

The moon in the sky
Make me cry... for you
The moon in the sky
Make me remember... of you

The moon in the sky
Make me see.. through your heart
The moon in the sky
Make me feel.. so far

(Refrão)
I don't know
Why I'm feeling like this
But I'm sure
That I've found my peace

The moon in the sky
Make me remember... your eyes
The moon in the sky
Make me forget... your lies

The moon in the sky
Make me smile... like your smile
The mon in the sky
Make me want you to satay for a while

(Refrão)
I don't know
Why I'm feeling like this
But I'm sure
That I've found my peace

The moon in the sky
Make me feel... secure
The moon in the sky
Make me feel... so pure

The moon in the sky
Make me miss you
The moon in the sky
Make me want to be whit you

(Refrão)
I don't know
Why I'm feeling like this
But I'm sure
That I've found my peace... whit you

A Praia



Abri os olhos e observei o por do sol no horizonte. O céu estava laranja, e ali, mesmo no horizonte, estava o crepúsculo. A tua mão estava por cima da minha, e tu estavas à minha esquerda, deitado na areia, apenas com os calções cinzentos. A tua pele estava cheira de areia fina e o teu cabelo tinha várias madeixas. Algumas ainda estavam molhadas por causa da água. Pousei a minha cabeça no teu peito e consegui ouvir o teu coração a bater suavemente. Fui hipnotizada pela melodia do mar, e quando estava quase a adormecer, senti uma mão a passar pelo meu cabelo. Levantei a cabeça e olhei-te nos olhos. Os teus olhos estavam verdes, como eu tanto gosto, e estes irradiavam alegria e juro que me apaixonei de novo. Pela terceira vez. Olhei para ti e fiz aquele sorriso de que tu tanto gostas: de pura alegria. Depois, inclinaste-te e juntaste finalmente os teus lábios nos meus. O teu hálito estava fresco e deu-me ainda mais vontade de te beijar. Coloquei o meu corpo por cima do teu, e continuei a beijar-te. Senti o meu corpo o a aquecer e o desejo de te ter cresceu ainda mais. Quando viste  o que queria, atiraste-me para a areia, e começas-te a correr em direcção ao mar, e eu, sem hipotece nenhuma, despi a minha camisola e comecei a correr atrás de ti. Entrei na água sem dificuldade. Esta estava com a temperatura acima do normal e estava sem ondas, benidorm. Sorriste para mim e chamaste-me com um dedo. A tua pele brilhava por causa das gotas de água, e o teu olhar chamava o meu. Mergulhei e fui ter contigo debaixo de água. Depois, emergi e tu agarraste o meu corpo e começaste-me a fazer boiar. Beijaste-me a barriga e foste subindo. Senti os teus lábios no meu pescoço, e depois beijaste-me. Os teus lábios estavam salgados e a tua língua estava fresca. Agarrei-me a ti e rodeei as minhas pernas na tua cintura. Depois inclinei-me para trás, e continuaste-me a beijar o peito e a barriga. O sol estava ali ao fundo e já mal se via. O céu agora tinha uma tonalidade vermelha, cada vez mais forte. Atrás de nós, a noite já estava a ganhar terreno e era, com certeza, uma noite abafada.
Soltei-me e dei mais um mergulho. Quando olhei em volta, tu tinhas ido a correr para a areia, e não tive mais nenhum remédio senão correr. Consegui alcançar-te e atirei-te para a areia. Os nossos corpos começaram a ficar cheios de areia e parecíamos um croquete. Rolava-mos pela areia, e trocávamos sempre de posição. Disse que te amava, e tu soltas-te um suspiro e o teu olhar encontrou de novo o meu. Quando finalmente te esgotei as forças, deixam-nos ficar, assim em cima da areia, a observar o resto do por do sol e a observar a noite a engolir o dia. 

sexta-feira, 23 de abril de 2010

ANDA!


Por favor, vem ter comigo agora. Vem ter comigo e vamos percorrer as cidades dos nossos sonhos. Vamos perder-nos num bosque repleto de silvas. Vamos correr pela beira da estrada com uma mochila quase vazia nas nossas costas. Vamos acampar no meio do silêncio das árvores e dos pássaros. Vamos andar sem destino aparente. Vamos rebolar na areia húmida. Vamos ver a luz do crepúsculo por trás de uma cabana numa praia deserta. Vamos escalar os Himalaias. Vamos dar um mergulho no rio Tejo. Vamos casar-nos em Las Vegas. Vamos escrever nos troncos das árvores. Vamos ler livros com páginas brancas. Vamos observar as labaredas da lareira. Vamos perder-nos no nosso silêncio. Vamos despir-nos e enrolar-nos um no outro. Vamos bufar de calor e tremer de frio. Vamos tocar guitarra e ouvir o eco dos nossos risos. Vamos fumar um cigarro sem deixar a cinza cair. Vamos suster a respiração debaixo de água para nos podermos beijar. Vamos apanhar sol e ficar sem marcas de Bikini. Vamos esconder-nos dentro da dispensa. Vamos fazer amor na bagageira do carro. Vamos apanhar o comboio e fugir ao Pica. Vamos ouvir musica e refilar para escolher a ideal. Vamos ler o nosso horóscopo. Vamos tomar banho como gente decente. Vamos jantar à luz das velas. Vamos-nos amar como nunca. Vamos fazer o que deve ser feito. Vamo-nos entregar de corpo e alma. Vamos sorrir de felicidade. Vamos chorar de alegria. Vamos fechar os olhos e encostar os nossos lábios. Vamos fitar o nosso olhar. Vamos fazer caretas para o espelho. Vamos fazer o correcto e o errado. Vamos ouvir os relâmpagos. Vamos ouvir o relinchar dos cavalos. Vamos e vamos!
Estás à espera do quê?

Video: Mundo Cão "Caixão da Razão"

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Tão bom



Não me tirem nada agora. Não, não mexam nem um só centímetro. Está bem assim. Ok, talvez mais um pouco para a esquerda. Sim, assim. está óptimo. Agora está tudo a encaixar, a retomar e a ganhar novas posições.
Agora já consigo sorrir e encontrar a razão para o fazer. Agora já consigo abrir bem os olhos e observar a luz que provem do sol. Agora já consigo atirar-me para a cama e a pensar que queria mais um dia igual. Agora já consigo olhar para o espelho e encontrar algo para além da imagem desfocada que vejo. Agora já consigo tapar os ouvidos e apenas ouvir os bons pensamentos que ficaram gravados na minha cabeça.
Sim, agora está tudo na perfeição. Está tudo tão bem ajustado, tão bem encaixado. E de certa maneira, está tudo tão bom demais. Tudo tão certo, tudo tão... fantástico. E rezo para que assim continue.
E afinal, a perfeição existe.
(Espero que não seja por pouco tempo...)

domingo, 18 de abril de 2010

And I'll wait a lifetime to give it to you



Preciso de ti. Nunca precisei assim de nada, muito menos de ninguém. Preciso de ti 24 horas a meu lado. Preciso de adormecer nos teus braços. Preciso de acordar a teu lado. Preciso de sentir o teu toque suave e arrepiante. Preciso de ouvir a tua respiração ao meu ouvido. Preciso de sentir os teus lábios nos meus. Preciso de ficar presa no teu abraço. Preciso de beber as tuas palavras. Preciso de me perder na imensidão do teu olhar. Preciso de ver o teu sorriso. Preciso de sentir a tua felicidade. Preciso de te amar. Preciso de sentir a tua mão na minha. Preciso de me sentir completa. Preciso de sentir cada centímetro do teu corpo. Preciso do teu corpo quente sobre o meu. Preciso de ouvir a tua respiração a acelerar. Preciso de sentir o teu coração bater.
Preciso de ti, e que mais posso dizer? Preciso de ti por completo. Preciso de ti e quero-te aqui comigo. Necessito da tua presença. Quero sentir-te sentado ao meu lado a observarmos a imensidão do mar. Quero deitar-me na areia contigo a observar o sol a desaparecer no horizonte. Quero percorrer a floresta contigo e ouvir o som dos animais nocturnos. Quero correr de mãos dadas contigo pela estrada fora. Quero sobrevoar os céus contigo e atirar-me pela imensidão dos céus.
Preciso de ti, quero-te, necessito-te.
E finalmente... tenho-te.

Enjoy the Silence

Um dia de sol. É tudo o que preciso. Preciso de silêncio e preciso só de um momento sem ti. Preciso de um momento sem respirar. Preciso de me encontrar e de voltar a dizer "Aí estás tu, por onde tens andado?" Pois não me tenho mexido. Estou no mesmo sitio há anos apesar de me fartar de caminhar por esta cidade cheia de palavras indecentes e de gente ainda pior.
Preciso de milhares de coisas e quando quero pensar nelas não sei nada. Não preciso de nada e preciso de tudo.
Por favor. Uma golfada de ar aqui para os meus pulmões todos queimados. Uma golfada de ar para fazer o meu coração bater de novo. Uma golfada de ar para poder descontrair. Só uma, só te peço uma, e depois, prometo que te deixo dormir. Descansa.

I'm tired


São 16:58 e estou à espera que comece o filme "Elektra". Estou cansada e ainda não fiz nada este fim de semana. É isso, este é o meu maior defeito: é estar sempre cansada por tudo e por nada. Só o facto de viver me põe cansada, mas depois consigo arranjar energia em todas as coisas que me rodeiam. Ás vezes tenho preguiça de respirar, mas depois começo a pôr de novo os neurónios e funcionar e vejo que não o posso fazer, senão fico cansada para todo o sempre.
Estou tão cansada psicologicamente que por isso, esse cansaço estende-se também para o meu corpo. Tenho um ar exausto. Tenho a cabeça cheia, a abarrotar de palavras e imagens. De pensamentos e de sonhos. E de nada. Por vezes tenho a cabeça vazia e consigo finalmente descansar quando em nada penso. Mas nem tudo dura para sempre, há sempre algo que me desconcentra e que me enche de novo a cabeça. A minha cabeça tão pequenina.
Estou mesmo cansada. Só me apetece deitar-me sobre a cama a ouvir musica, com o cheiro a incenso no ar.
Só me apetece não pensar em nada e ficar apenas a observar, a observar.
Estou cansada e cheia de energias. E sei bem onde as desperdiçar.

Center of Attention - Jackson Waters

sábado, 17 de abril de 2010

O tempo (parte 2)


A tua mão estava gelada e arrepiaste-me quando tocaste com ela na minha pele macia e quente. O teu olhar estava em chamas e consumia todo o meu ser. Peguei na rosa e voltei a coloca-la no meu bolso esquerdo. "Queres ir beber um copo?" perguntas-te despreocupado com o facto de estar a chover, e eu, sem querer recusar a tua oferta, acenei com a cabeça que sim, e caminhamos lado a lado até à taberna mais próxima.
A chuva parecia abrandar cada vez mais e as ruas já começavam a iluminar-se mais com os lampiões. Ias com as mãos nos bolsos e de cabeça erguida, olhando em todas as direcções. Estavas com receio de algo, esperavas algo e no entanto não querias esperar por isso pois não o desejavas. Chegamos a uma taberna com uma tabuleta a dizer "O Recanto". Entramos e o cheiro a álcool entrou pelas minhas narinas como água a correr por um riacho. Estava cheio de pessoas com um aspecto um pouco selvagem e descuidado. Muitos localizavam-se no balcão, de pé, a por a conversa em dia e a beber copos de vinho entre gargalhadas. Sentamo-nos a um canto livre da sala, ao pé da lareira. Ajudaste-me a por o casaco no bengaleiro e puxaste-me a cadeira para eu me poder sentar. Depois, tiras-te o teu casaco e sentaste-te numa cadeira à minha frente. A taberna tinha bastantes candeeiros a óleo e o cheiro a pão quente com queijo abriu-me o apetite."Estou com fome" disse eu para dar hipotece de pedir algo para comer para além da bebida. "E o que desejas comer?" perguntas-te e colocas-te o cotovelo na mesa e a tua mão ficou a segurar o teu queixo. Estavas com um ar exausto. "Não sei, qualquer coisa. Um pão com algo, talvez queijo." Olhaste para o balcão e fizeste sinal para que o empregado se localiza-se à mesa. Olhei para a lareira e o fogo estava atiçado. O calor que dali provinha punha-me suficientemente confortável para me descontrair. Coloquei os braços sobre a mesa. Só naquele momento observara a rosa e a vela que se encontravam no seu centro. A rosa era de um vermelho vivo e era bastante bonita. Passei com os meus dedos pelas suas pétalas e estas eram suaves como o algodão. Fiquei um quanto tempo a admirar a rosa e quando dei por mim, estavas com o teu olhar pousado em mim, e quando olhei para ti assustei-me pelo simples facto de não me ter apercebido disso. Perdida no teu olhar,só acordei quando ouvi uma nova voz a perguntar "Boa noite. O que desejam?" olhaste para o empregado e disseste "Quero um pão com queijo seco, e uma garrafa de vinho tinto" olhaste para mim com um ar de dúvida e eu acenei com a cabeça para confirmar o pedido. O empregado dirigiu-se ao balcão para tratar do nosso pedido. "Esta noite estás linda". Senti-me corar momentaneamente e imaginei como estaria a minha aparência. Toda molhada, talvez borrada por causa da chuva. Ao lembrar-me desse pequeno pormenor, levantei-me e disse "Vou só a casa de banho".
Olhei para as portas e entrei onde dizia mulheres. O espelho estava logo ali à frente. As minhas bochechas tinham um leve tom vermelho e o meu cabelo tinha um volume anormal. Tinha ainda os lábios vermelhos do batom e as minhas pestanas encontravam-se ainda longas, como se tivesse acabado de pôr rimel. Só os meus olhos estavam um pouco borrados, por isso tirei um pouco de papel e tratei do assunto. Depois lavei as mãos e voltei a dirigir-me à mesa. Agora eras tu que estavas perdido nas chamas da lareira. Sentei-me e acordaste. Depois, com um sinal, pediste para me inclinar para a frente, e tocaste os teus lábios nos meus. Senti-me invadida por um calor intenso e demasiado agradável. Os teus lábios estavam quentes e eram doces. Poderia dizer até que estes me sabiam a mel, e apesar de não gostar de mel, os teus lábios foram a coisa mais doce que já provei na vida. Ainda com as mãos na mesa, decidi colocar uma sobre a tua face, e apercebi-me que estavas também quente. Depois, invadiste-me com o teu hálito ainda mais doce e tive o enorme prazer de provar a tua saliva. A tua língua enrolador na minha e trocamos uma energia incontrolável. Depois finalizaste o beijo com os teus lábios pousados nos meus. Olhas-te para mim, e o teu olhar sufocava-me e dava-me ainda mais desejo de continuar a beijar-te. O teu olhar apoderava-se de mim e naquele momento só me conseguia sentir como se fosse a tua marioneta. Com o teu olhar, tinhas todo o poder sobre mim. Eras tu que comandavas os meus movimentos e as minhas palavras. Depois voltei-me a sentar e apostava que estaria ainda mais vermelha do que à pouco. Riste-te e levas-te o teu polegar ao canto da minha boca para limpar um pouco do batom que ficou ali esborratado. Depois olhas-te para mim e com o teu olhar tudo disseste.

é preciso


E sim, é sempre assim, o mesmo lema. "É preciso perdemos algo para lhe dar-mos o real valor". É tal e qual. Precisamos de lutar para ver que custa. Mas quando realmente conseguirmos ultrapassar todos os obstáculos, vamos estar completamente orgulhosos de nós próprios por aquilo que conseguimos fazer, porque conseguimos chegar aquele ponto. Um ponto que desconhecíamos completamente quanto mais imaginar que algum dia lá chegaríamos. 
É preciso abrir bem os olhos e procurar nos recantos mais improváveis da vida. É preciso dizer que sim e manter a cabeça erguida. É preciso deixar de lado as lágrimas ou então deixar apenas que elas caiam no silêncio. É preciso renovar. É preciso procurar para se conquistar.
A reconquista é muito mais difícil e por vezes impossível. Falta-nos vontade para reconquistar, para voltar a ter uma coisa que não é o mesmo.
O melhor é procurar, é descobrir, é sentir. Sim, o melhor é sentir. É fechar os olhos e ouvir o bater das asas de um pássaro ou o motor de um carro. O roçar das folhas das árvores e sentir o calor do sol a entranhar-se na nossa pele. É preciso persistir e nunca mas nunca desistir. É preciso rasurar essa palavra do nosso dicionário e da nossa mente. É preciso sorrir para nos habituarmos a fazê-lo mais vezes. É preciso ficar parado a observar tudo a nossa volta, para percorrer o nosso olhar por todos os centímetros da vida. É preciso dizer que sim mesmo quando desconhecemos a palavra e o motivo para o fazer. É preciso andar mesmo sem saber o caminho ou o destino. O recheio da vida está aí: na procura. E o melhor é quando encontramos exactamente o que menos imaginávamos. Coisas espantosas.
É preciso dizer "pára" e aceitar que as coisas assim sejam. Ninguém é como nós. Cada pessoa é única e cada pessoa vive à sua maneira. Umas são melhores, outras piores. Mas isso nunca deixará de ser assim. Isso era o que todas as pessoas queriam, mas no final nenhuma delas mexe uma palha para melhorar.
É preciso ver os dois lados, apenas podendo julgar quando observar-mos as tuas faces, as duas hipoteces. É preciso arriscar para se petiscar, para se ganhar algo.
É preciso caminhar mesmo quando o nosso corpo quer cair. É preciso sonhar quando o que queremos é dormir e nunca mais acordar. É preciso respirar quando o que queremos é nunca mais saber o que é fazê-lo.
É preciso olhar em frente e nunca desviar o olhar. Nem se ouvir-mos um som estranho no meio do bosque, ou mesmo na parte mais obscura da nossa mente.

TV on the Radio - DLZ

Saudades 1

Já tenho saudades tuas. Mas quando é que vens ter aqui? É que sinto-me abandonada e incompleta. preciso de ti aqui imediatamente.Estou a ouvir a Chaga dos Ornatos Violeta. Sabias que não me sais da cabeça? Pois devias mesmo saber. Nunca sais. Nem da cabeça nem do meu teu coração.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

"Media Naranja"



E mais uma vez ali fomos nós de mãos dadas a correr debaixo da chuva. Paras-te e quiseste-me beijar e eu disse "Está a chover bué, tu és maluco? não quero ficar encharcada!". Na verdade, mais molhada do que aquilo era impossível. A roupa que era escura ainda mais escura parecia e estava colada ao meu corpo. Já tu nem se fala, parecias um pintainho todo encharcado. Quando reflecti brevemente sobre o assunto vi que valeria a pena beijar-te debaixo da maior chuvada da história da Amadora, por isso peguei com as minhas mãos na tua face molhada e encostei suavemente os meus lábios nos teus. Estes estavam molhadas e depois o teu hálito invadiu-me a boca e a água cresceu mais uma vez na minha boca. A tua saliva era deliciosa e a língua enrolava na minha como duas serpentes a brigar. Levaste as tuas mãos ao fundo das minhas costas e encostaste-te ainda mais a ti. Consegui sentir o teu corpo a fazer uma pressão satisfatória sobre o meu. A minha respiração começou a aumentar quando começaste-me a beijar o pescoço enquanto respiravas por cima da minha pele e esse som passava muito perto dos meus ouvidos. "Estás-me a arrepiar" disse eu e tu deste um riso e o ar que expulsas-te embateu na minha pele e fui seguida por um outro arrepio. "Pooois, realmente está a chover um bocado demais". Disseste isso dando a "palavra" de escapatória da chuva para algo que nos protegesse da mesma, mas em vez de eu seguir a tua palavra, agarrei-te junto a mim e comecei a inalar o teu delicioso cheiro. O cheiro entranhava-se na tua pele e com a água da chuva parecia que o teu cheiro ainda ficava mais forte. Inalei e suspirei de prazer, porque sim, o teu cheiro sempre me deu prazer. Levei os meus lábios aos teus, agora com mais alguma vivacidade, com mais força, com mais garra. Correspondes-te e agarraste em mim e levantaste-me no ar enquanto me beijavas. Decidiste andar um pouco comigo à roda. Digo já, se isto fosse observado por mais pessoas ou fosse gravado todos diriam que parecia uma cena retirada de um filme de romance. Depois quando já não aguentavas mais, pousaste-me com cuidado e os meus lábios descolaram-se dos teus, infelizmente. "Vamos?" perguntas-te com uma normalidade a passar pelo CM como se estivesse um dia de sol radiante. "Sim vamos, mas vamos mais rápido". Comecei a correr e tu como sempre aceleraste o passo mas nunca o suficiente para me apanhar. "Queria tanto fumar um cigarro. Mas a chover assim o cigarro nem 3 segundos deve durar". Começamos a correr e quando chegamos ao pé das escadas ao pé da ponte ia quase escorregando por causa das escadas molhadas. Tu agarraste a minha mão com força e fizeste com que a minha quase queda fosse um fracasso. "Obrigada amor". "Tu nunca mudas" Abanaste a cabeça, deste-me um beijo rápido e continuamos a correr pela ponte. Havia uma fila de transito na estrada em baixo à ponte. Fomos pela praceta porque esta tinha uns toldos e seria uma boa maneira de nos molhar-mos menos. Cheguei a porta da praceta e procurei as chaves na mala encharcada. Abri a porta e tu entras-te e depois fechaste a porta do prédio como se ela não se fechasse sozinha. Subiste as escadas e quando chegamos a minha porta, pegaste-me pela mão e beijaste-me. Agarrei-me a ti e retribui-te o beijo com a mesma pica que tu me transmitias. Depois procurei a chave grande e coloquei-a na fechadura. Rezei para que ouvisse aquele som que tanto adoro: e sim ouvi. O som da fechadura a abrir por a porta estar trancada, ou seja, sinal de que ninguém está em casa.
Entrei e dirigimos-nos para o quarto e tu atiras-te a mala para o chão enquanto eu fechava mais os estores. "Não, não feches amor" disseste e eu toda indignada virei-me para ti e disse "Oh, mas sabes que não gosto de estar com luz no quarto. Eu detesto luz". Pegaste-me pela cintura e o teu queixo ficou encaixado na minha clavícula. Sussurraste-me ao ouvido "Tenho uma surpresa para ti e para isso preciso que vejas bem". Bufei e deixei os estores como estavam, com algumas tiras abertas, suficientemente abertas para iluminar o quarto todo. "Despe a camisola que eu tenho aqui a tua outra". Fizeste o que eu disse e trocaste de camisola enquanto eu trocava de camisola e de ténis. Quando estava a acabar de abotoar os atacadores dos meus all star roxos, tu puseste-te de joelhos com uma rosa negra na mão. Fiquei estupefacta a olhar para a rosa e depois olhei para ti. Estavas com aquele olhar amoroso, aquele sorriso nos olhos, aquele olhar que me aquece em qualquer altura do ano, independentemente da temperatura. Mesmo se neva-se conseguias fazer com que o calor começasse a por-me demasiado com quente. "Amooorrrr" disse eu com aquela voz fofinha e quando te ia a beijar tu puseste o dedo na minha boca e inclinaste-me para trás. Deste-me a rosa para a mão e eu levei-a ao meu nariz para sentir o seu odor. O seu cheiro lembrava-me um campo verdejante, aquele cheiro a erva, a flor. Olhaste para mim enquanto apreciava o odor da rosa mais bela à face da terra. Enquanto tinha a rosa na mão, pegas-te na minha mão direita e pedis-te que olhasse para ti. Fi-lo e vi-te e retirar uma coisa do bolso direito de trás das calças. Depois conseguiste alcançar a aliança. Quando vi aquilo a brilhar nas tuas mãos, o meu coração parou completamente. Parou mas parou mesmo. E depois retomou uma caminhada a grande galope. O meu coração começou a bater demasiado rápido e rezei durante dois segundos para que não desmaiasse assim nos teus braços. (E até que não era assim tão mau.) Olhaste-me nos olhos e como se fosse a primeira vez que ouvia as palavras disseste "Patrícia Serafim, queres namorar comigo?" O meu olhar de espanto intensificou-se na minha cara e o meu sorriso rasgou-se na minha face. "Claro que sim!" disse eu já sem fôlego e atirei-me para os teus braços beijando-te com uma loucura inestimável. Depois te ter provado o teu hálito e de ter dado um dos nossos melhores beijos, começas-me a colocar a aliança no dedo anelar da mão direita. Mas antes de a colocares por completo retiraste-a e exclamas-te "Ah!" depois começaste a rodar para que eu conseguisse ler o que estava gravado por dentro da aliança. "Naranja" era o que dizia. E assim tinhas cumprido o que tinhas dito. "Oh amor, eu amo-te tanto!" envolvi-te de novo no meu abraço e ficamos os dois deitados no chão enquanto te via a colocares-me a aliança. "Agora és tu". Deste-me para a mão a aliança e senti-a gelada e pesada. Com um valor sentimental incalculável. Rodei-a e tinha lá escrito "Media". Encaixavam na perfeição. Peguei na tua mão direita e com todo o cuidado coloquei o anel que encaixava perfeitamente no teu dedo. Era agora que o nosso amor iria-se estender para além das fronteiras. Agora todas as pessoas saberiam que tu eras meu e que eu era apenas tua. "Amo-te princesa" disseste tu quando o teu olhar se encontrou com o meu e me senti mais uma vez completa. "Também te amo muito meu amor".
Depois deitei-me nos teus braços e fizemos amor.
Só te quero a ti meu amor, e sim, agora estamos no cume e nada nem ninguém nos vai fazer descer.
AMO-TE!

" O que importa é escutar o silêncio das palavras por dizer "

As palavras. Perco-me sempre aqui, neste mesmo ponto. Onde estão elas? Não me digas que me fugiram. Porra, mais uma vez tenho que ir a procura delas.
Procura que foi um fracasso. As palavras abandonaram-me e só me vem fazer umas visitas de médico. E se cá ficassem? Prometo que vos dou uma estadia deslumbrante. É só experimentar. É só preciso tentar, é só preciso acreditar. E depois posso-me sentir de novo quase completa. Quase.
OBRIGADA SALAMANCA, OBRIGADA CATH, OBRIGADA TEMPO!
























quinta-feira, 15 de abril de 2010

O tempo (Parte 1)

Uma rua estreita, com portas todas seguidas, casas sem sinais de vida. As pedras da calçada estavam distribuídas de uma forma aleatória, existindo fendas entre elas. Não existia luz nessa rua, e nesses pequenos prédios existiam alguns toldos, velhos e sem cor devido aos longos anos de sol. Estava a chover torrencialmente e eu andava sozinha por essa rua como se estivesse uma linda noite de lua cheia. A água escorria pela minha face e o meu cabelo estava também encharcado e junto á cara. O meu casaco chegava-me aos joelhos e era preto com botões. Tinha também uma camisola preta decotada e para o conjunto, uma saia preta justa, pouco acima dos joelhos. Os meus sapatos estavam encharcados, e as gotas de água ficavam presas nas minhas meias de vidro. Caminhava com as mãos nos bolsos do casaco e com a mala pequena ao ombro.
Não pensava em nada e apenas sentia a doce chuva a tocar no meu corpo. Sentia-me ensopada. Trazia uma rosa no bolso esquerdo, e esta já perdia as suas pétalas pelo caminho, como se quisesse marcar a minha presença ou o caminho que fiz durante aquela chuvada inacreditável.
Tudo se baseava em becos escuros e abandonados. Parecia um filme de terror, mas ao contrário disso, sentia-me optimamente bem.
Continuei a andar sem destino aparente, até que ao fundo, estava um homem também com um casaco até aos joelhos preto e as suas mãos estavam nos bolsos. O seu cabelo dividia-se em tiras e era capaz de ver pequenas gotas de água nas pontas dos cabelo. Estava de cabeça baixa, e quando me ouviu o passo, levantou a cabeça e o nosso olhar encontrou-se. O teu olhar fez-me oscilar e parar naquele mesmo sitio.
Parei sem razão. O teu olhar era forte e brilhante.
Retomei caminho sempre na tua direcção. Parei quando o meu corpo estava junto ao teu. Tiras-te a rosa com poucas pétalas e entregaste-me "creio que isto é teu". O teu tom de voz fez com que um arrepios na espinha me aquecesse. Olhei de relance para o meu bolso e de facto, a rosa que outrora estava lá, estava agora nas tuas mãos.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

só preciso da tua companhia



daria tudo para estares aqui comigo. sentados a observar este prado tão verdejante. queria correr contigo até ao fim do Mundo sem tropeçar em nenhum obstáculo. queria que contemplasses o sol com os meus olhos: os olhos castanhos e profundos. queira poder perder-me na imensidão do teu olhar e sentir o calor do teu corpo febril.
quero-te com todas as forças do meu corpo, com todos os centímetros deste, com todas as células que ele incorpora. quero-te de uma maneira selvagem.
não eu não te quero, eu preciso de ti.
preciso da minha tão ansiosa dose de droga.
preciso de estar contigo, preciso de sentir a tua respiração acelerar sempre que o meu olhar encontra o teu. não tenho apenas vontade, eu sinto uma necessidade constante de sentir a tua presença, de te sentir sentado a meu lado, de ouvir a tua doce voz, de sentir o teu doce e tenro toque.
preciso de dizer que te amo, que te quero.
preciso de pedir que não me fujas de novo por entre os dedos. que não escapes pelas minhas brechas, que não me deixes de novo encostada na imensidão da escuridão e das lágrimas. que não me deixes vazia outra vez. que não me deixes sem vida, sem cor, sem musica.
não consigo estar sem ti. não consigo estar sem mim. não consigo estar sem nós.
não consigo e se tentasse fracassava. já tentei e doeu e perfurou todo o meu ser. o meu coração caiu em pedaços por todo o sitio que percorri com a minha loucura profunda. caiu mas tu seguiste e voltaste a uni-lo e tornaste-o teu. agora não o despedaces porque não existe mais ninguém capaz de o voltar a construir.
e se viesses ter aqui comigo? é que sinto-me um bocado com frio. só um bocadinho....