quinta-feira, 13 de maio de 2010

Sei lá eu

um presente. um sorriso. uma alma. um bombom. um piscar de olho. uma palavra. um fôlego. um abraço. um dia. uma noite. uma lua. um sol. um dia frio. um dia quente. uma caneca com leite. uma lareira. um suspiro. um sorriso. um acenar. um grito. uma folha de papel. uma caneta. um anel. um fio. um pedaço de madeira. uma manta. um livro. uma almofada. uma fotografia. um fio de cabelo. uma mosse de chocolate. um por do sol. uma camisola. um toque. um não. um sim. um banco. um lápis. um lenço. um pensamento. um amor. não, o amor. assim fica tudo mais completo.

meu


Sabes que gosto muito de ti? É que se não sabes ficas já a saber. Sabes também que te quero aqui comigo? Se não sabes deverias saber. Quero-te aqui, juntinho a mim. Só te quero. És feito para mim. És a metade que me completa. És meu. Só meu. E eu... que fico com este sorriso de contentamento. És só meu... e mais ninguém te tem. Ninguém.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Primeiro dia


E depois desatamos a correr. Olhamos para trás, e eles ainda lá continuavam a abrir a boca e a provocar gritos estrondosos. Nós rimo-nos e continuávamos a correr como se o estivesse-mos a fazer pela nossa vida. Ainda murmurei para mim mesma "Espero que não venham a trás de nós." Estava a tremer um pouco, mas quando olhei para ti, vi que tudo valeria a pena. Sorris-te para mim, e deste-me a mão, continuando a correr. "Nem acredito que fizemos isto" disse eu, a tentar correr o mais depressa possível sem tropeçar em nada, nem nos meus próprios pés. Riste-te e disseste "Nunca pensei que o fizesses". De facto, não era nada inteligente o facto de estar-mos a fugir, e o pior foi os nossos pais nos terem apanhado. Para onde iria-mos nós agora? Poderia-mos ir para o Algarve como tu tinhas planeado, mas não era muito boa ideia começar uma viagem agora porque já a anoitecer. "Entra neste beco" disseste, agarrando o meu braço e puxando-me para um beco escuro, sem luzes nenhumas. Encontras-te um canto com umas escadas para um grande muro. Subi-mos e sentamo-nos junto ao muro ainda a ofegar. "Espero que eles não nos tenham visto a vir para aqui." Inclinaste-te e beijaste-me, e entre o beijo, mordiscas-te a minha língua devagarinho e soltas-te mais um riso. "Nunca pensei que fosses mesmo capaz de fazer isto Patrícia" Olhei incrédula para ti e disse "Tu ainda não sabes do que sou capaz!" Agarrei o teu pescoço e comecei-te de novo a beijar. Deitei-te no chão e deitei-me por cima de ti. Comecei a beijar-te e a beijar-te, e começas-te a colocar as tuas mãos por debaixo da tua camisola. "Não não, estava só a dar-te uns aperitivos." Deitei a língua de fora e pisquei-te o olho. Depois, voltei-me a sentar-me e compus-me. Sorris-te e tentas-te conter o desejo.
Ficamos sentados no muro a observar o luar à espera que não nos apanhassem e que nos deixassem finalmente em sossego.

sábado, 1 de maio de 2010

Private Firefly

Acabou de entrar um pirilampo na sala. Vieste-me visitar?

Mas que título?


Tenho saudades tuas e hoje apenas recebi nem meia dúzia de mensagens tuas. Será que estás bem? Sim, eu sei que estás bem. Mas eu morro de saudades tuas, e estou a ficar doente. Estou "febril", com o corpo mole, sem me apetecer mexer, com sono, com dores no corpo, dores de garganta, e com saudades tuas. Saudades de morte. Estou quente. Talvez esteja com febre. Já viste como fico quando não estás comigo? Já viste como fico quando não sinto a tua presença? Já viste como fico quando não oiço a tua doce e querida voz? Oh meu Deus, como eu te amo! Dava tudo para estares aqui comigo, enrroladinhos, deitados no sofá a ouvir a lareira, a ouvir o som da lenha a queimar, a ver as chamas e as labaredas, a sentir aquele calor acolhedor.
Só te queria a ti. E quero. Vem para junto de mim para poder-mos adormecer ao som da lareira, ao som dos grilos, e ao som das corujas neste luar infindável. Só te quero, e quero mesmo sentir a tua presença. Só isso. E cada segundo que passa sinto-te mais perto. Mais perto. Mais perto...