29-09-2009

mais um dia num conjunto imenso de dias.um dia normal mas difícil de enfrentar, com novas ideias, com novos sentimentos, e ainda com pessoas desconhecidas. queria estar noutro tempo. num tempo meu, num tempo de escolhas. esta musica é tão hipnotizante.

queria poder descrever as coisas que tenho aqui dentro e que me apertam e fazem com que mal respira. mas se assim o pudesse, tinha que ocupar um livro com 500 páginas a falar apenas de uma coisinha minúscula. enfim, a vida é assim, e as palavras também são assim.. inexistentes (...)

compassos

nunca tinha posto uma letra de uma musica aqui, por isso há sempre uma primeira vez para tudo. isto faz-me lembrar um sentimento que me consome todos os dias, e nunca sei o que fazer. até agora tenho feito o correcto, mas não tenho feito o que desejo, o que me consome. vamos ver como vão correr os dias que aí chegam. vamos ver quem vai vencer mais uma vez...

Breaking Benjamin- The Diary of Jane

"If I had to
I would put myself right beside you
So let me ask
Would you like that?
Would you like that?
And I don't mind
If you say this love is the last time
So now I'll ask
Do you like that?
Do you like that?
No
Something's getting in the way
Something's just about to break
I will try to find my place in the diary of Jane
So tell me how it should be
Try to find out what makes you tick
As I lie down
Sore and sick
Do you like that?
Do you like that?
There's a fine line between love and hate
And I don't mind
Just let me say that I like that
I like that
Something's getting in the way
Something's just about to break
I will try to find my place in the diary of Jane
As I burn another page
As I look the other way
I still try to find my place in the diary of Jane
So tell me how it should be
Desperate, I will crawl
Waiting for so long
No love, there is no love
Die for anyone
What have I become
Something's getting in the way
Something's just about to break
I will try to find my place in the diary of Jane
As I burn another page
As I look the other way
I still try to find my place
In the diary of Jane"

[...]

musica infectada a dada altura tira-nos do nosso consciente e começamos a afundar-nos no nosso subconsciente (não sabemos quantas vezes já aconteceram, apenas sabemos que está a começar de novo e que não é a primeira vez).

então vamos começar com as perguntas. quantas vezes isso já vos aconteceu? eu já perdi a conta e está a começar agora de novo. e sei muito bem como é que isto vai correr, porque é tudo tão previsível, as alucinações são sempre as mesmas e as palavras aparecem com letras trocadas.

já vivi isto pelo menos uma vez, ou se vivi mais, lembro-me só da primeira vez. estava sozinha num sitio que não era nada, nem um sitio era. era um espaço vazio e preto, e tinha um espelho à minha frente. este mesmo estava a reflectir também o nada, o vazio. eu era o vazio, e sempre que fecho os olhos tenho esta imagem. não sei como consigo ver o espelho, porque não existe luz de parte nenhuma, e nesse tempo (se houver tempo), nem sei se a luz existe na realidade.

se tivesse um nome para este fenómeno era a altura de o dizer agora, mas eu sei que o nome ainda vagueia pela minha mente sempre que fecho os olhos, mas o problema é que não me lembro de mais nada sem ser aquele espelho no meio do nada.

dia novo

buenos dias niños. estou chocada, tenho que ir fumar um cigarro. AGORA! voltei. "a igreja não sabe nada de Deus"

tenho 12 desejos para realizar hoje.
1º desejava ir jantar, tenho fome mas nao consigo largar o computador.
2º desejava sair, ir dar uma volta, apanhar ar.
3º desejava aqui alguém em minha casa sem ser o meu irmão
4º desejava conhecer o José Saramago pessoalmente, é um GRANDA homem
5º desejava ir para Pontével, mas acho que só vou amanhã
6º desejava ouvir uma musica, mas o programa ainda nao acabou
7º desejava fazer uma horta
8º desejava que o vasquinho viesse cá a casa
9º desejava que a Maria cá dormisse em casa
10º desejava estar com a Inês, e que pelomenos ela aparece-se na net
11º desejava esquecer tudo o que me aconteceu hoje
12º desejava que tudo isto se realiza-se.

que dia de tédio, completamente.

mais um pedidozinho para ficar com um sorriso de criança na cara

hoje sinto-me bem. não me perguntem porquê, apesar de o poder responder com todas as palavras.
sinto-me bem e sinto-me livre de voar e livre de dizer tudo o que me passa pela cabeça. sinto-me fresca, e sinto-me no meio de uma corrente de ar. talvez esteja mesmo no meio dos dois lados, ou seja, mesmo no meio...
quero reencontrar todas as portas que fechei sem motivo e quero fechar as que sei que não são importantes no meu Mundo. queria também pedir desculpa por achar que essas portas seriam as certas e de ter dado esperanças ás mesmas que as iria atravessar, e a mesma coisa ás portas que vou reabrir, por achar que estas eram menos que as outras, e que mereciam menos que eu. quero também pedir desculpa (apesar de a culpa continuar a ser minha) as vezes que virei as costas ás respostas certas, ás respostas que procurava durante toda a minha vida achando que já tinha encontrado a resposta que me completaria por completo. tenho muitas mais coisas que falar e que deveria pedir desculpa, mas assim teria que me lembrar de tudo o que achei que tinha feito bem, e isso, seria o meu pior erro, porque nem todo o tempo do Mundo chegava.
queria também agora pedir (quer esteja bem, quer esteja mal) que sempre que conseguisse chegar a um objectivo, que todas as outras portas se fechassem para sempre, para eu mais tarde não estar de novo a remexer em perguntas que ainda achava estarem mal respondidas.
é isso que peço, acho que não é muito, pois não? ... sim, talvez vá para lá dos pedidos naturais, mas porque é que teremos que pedir o básico? porque é que temos que pedir tudo aquilo que os outros tem? eu peço isso, e fico á espera da resposta certa, e que todas as outras que estava à espera evaporassem da minha mente.

o segundo dia da outra face

só me apetece chorar, mas iria-me sentir mais fraca do que me sinto agora. ou do que sou... mais desilusões, mais dor e mais outras coisas que julguei serem impossíveis de acontecerem. voltei à estaca zero. porque é que existem coisas assim tão falsas? porque não podem acabar estas desconfianças todas? sinto-me mal, e nem sequer sei ao certo o porquê. merda, lá estou eu acabada pela vigésima terceira vez. não consigo pensar em nada nem escrever. sinto os olhos a arderem e as lágrimas estão ansiosas por deslizar pela pele da minha cara. pergunto outra vez, porque custa tanto? parece que levei com 100 kilos em cima e não consigo respirar. sinto um aperto mesmo perto do coração. talvez seja mesmo no sitio do coração, mas não o consigo sentir, por isso não tenho todas as certezas. faço perguntas idiotas, e o que ainda é mais idiota é o facto de saber que não vou obter resposta. bem, mais uma vez queria dizer que (...)

era um sonho...

e se víssemos que as nossas mãos são compatíveis?

e se todos nós fossemos feitos de aço?

bem, se todos o fossemos não faríamos metade do que fazemos. nada nos custava, pelo menos em termos físicos. era bom ter um equilíbrio desses, pelo menos para mim.
e se tudo deixa-se de ser dito em palavras, a ilusão acabaria de uma vez por todas.
se tudo deixa-se de ser dito apenas por um olhar? eu não suportava. o olhar é a coisa mais forte que existe, mais forte que mil e duzentas palavras todas ditas sem existir uma pausa. é insuportável, é resistente, e é completamente um enigma. por vezes penso que consigo entender tão bem um olhar, o espelho da alma. na maior parte das vezes, quando olho para a alma da pessoa, consigo ver pensamentos e palavras que são completamente o contrário das que saem da boca. doí, e sinto-me gelada, como a brisa em plena madrugada. fico paralisada, fico também com tantas palavras na minha cabeça que não conseguem sair pela boca, mas são transmitidas com uma grande força pelo olhar. a maior parte das pessoas não consegue ler isso, não consegue sentir e fechar mais uma vez os olhos e repousar completamente até abrir outra vez a sua alma. os olhares, os bons olhares deixa-me sem palavras, deixa-me sem... alma. é tudo tão forte, tão forte como o aço. é forte, mas quando começo a entrar nesse Mundo de magia, sinto que me estou a derreter aos poucos e poucos. sinto que não existe tal Mundo, pelo menos no meu campo de visão. não consigo descrever o que sinto quando OLHO para os olhos de uma pessoa. faz-me sentir transtornada por aquela alma existir e mais ninguém conseguir reconhecer isso! mas eu olho, olho e olho, e sinto-me cada vez mais satisfeita. os olhos dizem tudo, para quê as palavras? as palavras foram feitas apenas para as pessoas conseguirem mentir, para esconder a verdadeira pessoa que são. é como se existisse um véu a tapar o outro Mundo.
não aguento, não tenho palavras e já perdi o paleio só de imaginar (...)

finalmente um fim de semana longo.
eu sei que quem quer que seja que mande nisto, pensa sempre em mim. muito obrigada :)
há bué tempo que já não ouvia Iron Maiden com este tempinho de sol abrazador de Outono e com cheiro a lenha.
só me apetece enfiar-me no carro e andar vaguear pelo mato, com aquele cheiro tão gostoso a eucalipto. é isso mesmo que eu vou fazer. sair e inspirar o ar que já desconhecia, que já não faz parte de mim há bastante tempo. vêr o pôr do sol naquele monte, onde tudo se vê, onde a Natureza é a mais pura de todas. é lindo, fascinante. é isso mesmo! vou lá hoje, quando começar a anoitecer! tenho saudades de quando me sentava naquele monte, com todos a falar, e o sol, cada vez mais baixo. lindo, lindo, LINDO! e o som dos pássaros quando começam a recolher para ir para os seus ninhos... é tudo tão lindo aqui nesta metade do meu Mundo... :') prometo que hoje te trago uma fotografia. só queria que o sentisses tão bem como eu (...)

mais um dia num mês do ano

gosto de coisas inexplicáveis, e gosto também de misturas de pensamentos. cada vez gosto de mais coisas e cada vez me sinto mais satisfeita com o Mundo.
gosto de cozinhar, e neste momento estou a fazer lulas recheadas, que são deliciosas. estou também a fazer um trabalho para Filosofia sobre a cebola que não provoca lágrimas. para mim é ridículo discutir este assunto numa aula de Filosofia, mas é tudo tão novo para mim que nem sei o que é certo ou errado. amanhã vou ter Espanhol pela primeira vez e estou ANSIOSAAAAAA, super mesmo. espero que seja do turno da manhã, ou então vou ter que levar com cinco horas de Espanhol à sexta feira (NÃOOO). o fim de semana está aí a bater à porta e eu só quero sair das aulas e ir a correr para o primeiro comboio para a Azambuja.
tenho saudades de ver as estrelas de noite, deitada no pomar. ish, que saudades. bem, acho que já consegui pesquisar o que precisava para Filosofia, por isso vou já por isto de lado, e já volto a este assunto.
só me apetece refastelar ali no sofá a ver televisão mas depois acabo por adormecer e não tenho tempo para fazer o que quero. apetece-me também ir ler, mas o livro que estou a ler tem que ser lido com bastante calma, umas 3 vezes no mínimo para se entender. As intermitências da Morte de José Saramago. doí-me a perna, doí-me tantoo que já não suporto. estou aqui estou a tomar uma dúzia de comprimidos. (...)