quinta-feira, 27 de agosto de 2009

e se...?

e se tudo fosse fresco como o verde das árvores? e se tudo fosse tão liberto como as nuvens no céu? e se tudo fosse tão brilhante como o sol no seu nascer? e se tudo fosse tão sincero como o piar dos pássaros? e se tudo fosse tão memorável como as ondas a baterem na costa? e se tudo fosse tão assustador como um rugir de um leão? e se tudo fosse tão triste como o ultimo dia do calendário? e se tudo fosse tão preso como uma nota aguda numa musica? e se tudo fosse tão colorido como um sorriso? e se tudo fosse tão preguiçoso como as primeiras horas da manhã? e se tudo fosse tão divertido como rabiscar uma parede? e se tudo fosse tão suspenso como a queda de uma folha no Outono? e se tudo fosse tão sentido como uma corrida em busca de um café? e se tudo fosse tão imprevisível como fumar um cigarro? e se tudo fosse tão belo como as cores de uma fogueira? e se tudo fosse tão chato como um "adeus" seguido de um "olá"? e se tudo fosse tão duro como um livro com páginas em branco? e se tudo fosse tão... vivido? custava?

the fly

é mesmo muito fiche quando nos perguntam coisas sobre o passado, e nós respondemos como se nunca tivessem acontecido. faço isso milhares de vezes para meu bem, apesar de lá no fundo saber que isso tudo existiu e mexeu comigo. mas enfim, como se costuma dizer, p'ra frente é que é caminho. porque é que eu hei-de ser diferente no seguimento?

terça-feira, 25 de agosto de 2009

a amizade...
isto devia ser escrito no outro blog, mas a ideia que tenho na cabeça não irá dar para conseguir descrever a amizade como tenciono fazer.

sempre que
não tenho nada para fazer, começo a pesquisar coisas ridículas, coisas que ninguém sem lembra de ver, a não ser eu, como é óbvio.
comecei por procurar como as pessoas descreviam a amizade, como frases e pequenos textos.
pelos vistos, a maior parte das pessoas tem a mesma visão do que é a "amizade": podemos sempre contar com os nossos amigos; que os amigos servem para os bons e maus momentos; que a amizade é o sentimento mais forte de todos e
blá blá blá. com todos eles concordei com o último, o que é a pura verdade.

"Alguns amigos se denominam "melhores amigos". Os melhores amigos muitas vezes se conhecem mais que os próprios familiares e cônjuges, funcionando como um confidente. Para atingir esse grau de amizade, muita confiança e fidelidade são depositadas."

por vezes penso e penso nisso... e não chego a nenhuma conclusão. não consigo falar da amizade, simplesmente não consigo. a amizade são tantas coisas, tantas coisas que não cabem na minha cabeça.
a amizade é uma entrega de uma alma a outra pessoa, é a nossa partilha em vários aspectos. o mesmo pode não acontecer com o amor, porque este não tem a segurança que uma amizade têm.
na maior parte das vezes, as pessoas não conseguem destingir um "AMIGO" de um "amigo". um amigo não é um conhecido, ou uma pessoa com quem partilhamos um BOCADINHO de nós. não é a pessoa que nos vê chorar, pergunta se está tudo bem e começa a fazer escolhas por nós. não, isso não é um ser "amigo". para mim um AMIGO é tudo. é uma pessoa com quem partilhamos ideias e pedimos opiniões; é uma pessoa com quem podemos contar, a qualquer hora do dia; é uma pessoa que nos dá razão quando a temos e que nos esfrega na cara os nossos erros. um AMIGO tem sempre algo a dizer,
por mais forte e triste que seja.
não sei, a amizade é tanta coisa. um AMIGO é tudo.
todos nós temos um ponto de vista diferente do que é a amizade, e a maior parte pensa a mesma coisa.

(este texto está um
shit porque fui mil vezes interrompida. perdi o raciocínio. perdi as palavras, perdi os parágrafos e os pontos de interrogação. perdi tudo menos o sentimento.)

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

saudades, uma segunda parte

este incómodo já dura há algum tempo, e é sempre na mesma altura do ano. mas agora parece que é diferente. nem sei o que escrever, parece que fico vazia, parece que fico imóvel, parece que pareço. isto é uma shit, completamente.

o tempo demora a passar, e quando mais olho para o relógio, mais as horas gozam comigo.

quando começo a mexericar nas fotografias que tenho guardadas, lembro-me com cada coisa, e depois a querida linda fofinha saudade volta. é desconfortável, mas o que posso eu fazer?

só não tenho saudades de ter saudades, e graças a deus que é assim.

tenho saudades de tantasss coisas que nem consigo enumerar. parece uma sopa de letras na minha cabeça, mas não são letras, são pessoas, e lembranças. memórias que queria que dessem para por no replay um milhão de vezes.

(é óbvio que um milhão de vezes é demasiado pouco, tinha que ser mesmo até me fartar)

parece que quando não estamos com as pessoas que queremos, sentimos tantas saudades, parece um aperto no peito, uma coisa que não nos deixa respirar, e tende a piorar se uma pessoa fumar.
o facto de não estaremos com essas pessoas, parece que faz com que o amor que nutrimos por elas diminua. é nisso que eu reparo sobretudo quando tenho saudades. até que um dia, quando tiver-mos a oportunidade de fazer desaparecer as saudades, essa pessoa sumiu. sumiu da nossa vida, ou da nossa cabeça, ou simplesmente sumiu. PUFF, desapareceu.
faz parecer que nunca entrou na nossa vida. faz parecer que as saudades que foram sentidas foram todas em vão, porque para mim não há gozo melhor que ter saudades de uma pessoa, e depois poder matalas. é isso que eu gosto. gosto de transmitir tudo o que reservei quando tive saudades.

os meus olhos fecham-se mais uma vez, e é por momentos que vou deixar as saudades vaguear pelos momentos que nunca tive.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Morte



"Para quê preocuparmo-nos com a morte? A vida tem tantos problemas que temos de resolver primeiro."

verdade verdadinha. para quê nos preocupar-nos tanto com o futuro se ele mais tarde ou mais cedo chega? ele vai chegar na mesma, mesmo q estejamos a magicar anos e anos na mesma coisa. eu costumava pensar na morte, e ainda hoje penso nela. vou deixar de existir para sempre. SEMPRE. e não, não consigo imaginar a vida depois da morte, especialmente porque não consigo pensar q consigamos aprender tudo de novo, como começar do zero. custa pensar q não podemos fazer mais nada, como passear na hora do calor, dar um mergulho na água salgada do mar, colher margaridas, ou o simples facto de os nossos olhos nunca mais poderem percorrer esta porcaria de mundo. tenho sono, não dormi e estou doente, mas mesmo assim, vou morrer. para quê dormir? para a morte chegar umas horas adiantada? isso é injusto. a morte vai ter todo o tempo do mundo para me prender, e eu... eu vou ter que aturar a morte até me fartar dela, e quando isso acontecer, viro-lhe as costas e morro mais uma vez.