quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Nada mais que a realidade. Pura realidade...


Naquela escura sala, ela espera de pernas cruzadas e com as suas suaves mãos pousadas no seu colo. A sala é mesmo escura, tendo apenas uma pequena janela, mas a noite, escura como breu, não deixa nem a luz da lua iluminar um pouco a sala minúscula, apenas com uma cadeira, uma mesa e ela.
Aquela sala deveria ser considerada um pequeno quarto de criança, de tamanho extremamente pequeno.
Ela decide agarrar num dos seus cigarros e pô-lo na sua boca, ficando assim o filtro com a marca do seu batom vermelho. Muito lentamente o acendeu, e depressa aquela pequena sala ficou repleta de fumo, saindo este pela janela, também muito devagar. E ali, ela espera, com o seu cotovelo repousado na mesa, com os seus olhos fixos na janela, esperando pelo seu príncipe encantado. Mas não, não estava montado no seu lindo cavalo branco de longas tranças.

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