sexta-feira, 25 de junho de 2010

Aparte2

Tu nunca foste um puto de 15 anos. Foste o MEU puto de 15 anos. Nunca foste banal, nunca foste comum. Tenho que admitir e dizer que tens toda a razão do mundo, e agora mais do que nunca. Podes apontar-me o dedo que eu vou-me refundir no meu canto por entre os pensamentos vazios. Podes gritar comigo que eu vou ouvir e vou engolir cada nó que se acumula na garganta. Podes virar-me costas e não te virares de novo para mim mesmo que eu toque suavemente nas tuas costas para te chamar a atenção. Em certas coisas tu não és como eu. Tu és melhor que eu. Melhor, milhares de vezes melhor. E eu é que não sei funcionar. Eu é que não ouço. Eu é que não fico calada enquanto absorvo todas as tuas palavras. Defeito que irá desaparecer. Tu és a minha unica prioridade milhares de vezes. És a minha vida. És a minha prioridade. É por ti que eu me rejo, é por ti que eu respiro e que continuo a caminhar. É por ti que sou assim. Desculpa, peço perdão pelos meus actos imperdoáveis, mas se conseguires ultrapassar o impossível, perdoa estes actos que não se irão voltar a repetir. Palavra. E se se voltarem a repetir, então castiga-me a faz-me abrir os olhos. Faz-me lembrar aquilo pelo qual eu lutei, e pelo qual eu chorei e arranhei e parti. Por lutar até chegar à loucura. Até chegar ao fundo. Mas, como sempre, conseguiste içar-te e apanhar-me, porque tu estás sempre aqui comigo, e eu nem sempre o estou. Mas, mais uma vez, te peço perdão pela minha forma de ser. Pelos meus defeitos ou pelos meus actos. Estes que são feitos sem dar por isso. Arrependo-me segundos depois. E assim fico, com raiva acumulada dentro de mim. E com o teu coração desfeito outra vez porque eu consigo ser uma pessoa vil, mas mesmo assim aceita-me a abre os olhos para eu me perder neles por entre as lágrimas e os gritos abafados pela tua pele.

Amo-te e perdoa-me mesmo que não o mereça. Perdoa-me para que eu possa de novo caminhar... para o sitio certo.

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