segunda-feira, 26 de abril de 2010

A Praia



Abri os olhos e observei o por do sol no horizonte. O céu estava laranja, e ali, mesmo no horizonte, estava o crepúsculo. A tua mão estava por cima da minha, e tu estavas à minha esquerda, deitado na areia, apenas com os calções cinzentos. A tua pele estava cheira de areia fina e o teu cabelo tinha várias madeixas. Algumas ainda estavam molhadas por causa da água. Pousei a minha cabeça no teu peito e consegui ouvir o teu coração a bater suavemente. Fui hipnotizada pela melodia do mar, e quando estava quase a adormecer, senti uma mão a passar pelo meu cabelo. Levantei a cabeça e olhei-te nos olhos. Os teus olhos estavam verdes, como eu tanto gosto, e estes irradiavam alegria e juro que me apaixonei de novo. Pela terceira vez. Olhei para ti e fiz aquele sorriso de que tu tanto gostas: de pura alegria. Depois, inclinaste-te e juntaste finalmente os teus lábios nos meus. O teu hálito estava fresco e deu-me ainda mais vontade de te beijar. Coloquei o meu corpo por cima do teu, e continuei a beijar-te. Senti o meu corpo o a aquecer e o desejo de te ter cresceu ainda mais. Quando viste  o que queria, atiraste-me para a areia, e começas-te a correr em direcção ao mar, e eu, sem hipotece nenhuma, despi a minha camisola e comecei a correr atrás de ti. Entrei na água sem dificuldade. Esta estava com a temperatura acima do normal e estava sem ondas, benidorm. Sorriste para mim e chamaste-me com um dedo. A tua pele brilhava por causa das gotas de água, e o teu olhar chamava o meu. Mergulhei e fui ter contigo debaixo de água. Depois, emergi e tu agarraste o meu corpo e começaste-me a fazer boiar. Beijaste-me a barriga e foste subindo. Senti os teus lábios no meu pescoço, e depois beijaste-me. Os teus lábios estavam salgados e a tua língua estava fresca. Agarrei-me a ti e rodeei as minhas pernas na tua cintura. Depois inclinei-me para trás, e continuaste-me a beijar o peito e a barriga. O sol estava ali ao fundo e já mal se via. O céu agora tinha uma tonalidade vermelha, cada vez mais forte. Atrás de nós, a noite já estava a ganhar terreno e era, com certeza, uma noite abafada.
Soltei-me e dei mais um mergulho. Quando olhei em volta, tu tinhas ido a correr para a areia, e não tive mais nenhum remédio senão correr. Consegui alcançar-te e atirei-te para a areia. Os nossos corpos começaram a ficar cheios de areia e parecíamos um croquete. Rolava-mos pela areia, e trocávamos sempre de posição. Disse que te amava, e tu soltas-te um suspiro e o teu olhar encontrou de novo o meu. Quando finalmente te esgotei as forças, deixam-nos ficar, assim em cima da areia, a observar o resto do por do sol e a observar a noite a engolir o dia. 

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